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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Casamento é tudo igual.

Por diversas vezes, ao falar que iria a um casamento, ouvi pessoas dizendo que casamento “é tudo igual!!”. Noiva de branco, mães chorando, tias solteironas loucas pra pegar o buquê, padre tentando garantir a perpetuosidade do casamento, pajens de terno bem engraçadinhos, a daminha de honra tensa até o último fio de cabelo e os convidados falando mal do Buffet.
Essas são características quase sempre presentes num casamento nos padrões brasileiros, mas há muita coisa além disso. Principalmente quando este casamento é de um amigo de longa data como o que fui neste sábado. Conheci o noivo em 1990, quando iniciamos nossa jornada escolar. Estudamos juntos até o fim do ensino médio em 2000. Além de nós dois, outro amigo também fez parte da turma. E só nós três passamos os longos (se bem que hoje os acho curtos) 11 anos de ensino fundamental e médio juntos. Depois da formatura, entretanto, cada um seguiu seu rumo e o destino cuidou de nos afastar.
Mas este mesmo destino permitiu que pudéssemos comparecer ao casamento e nos reencontrar. Só o fato de imaginar esse encontro quase uma década depois, o que na minha idade representa quase metade da minha vida (percebam, QUASE), já me fazia saltar lembranças de uma infância tão saudável e divertida que levei.
Claro que esse assunto foi exaustivamente conversado durante o casório, lembrados momentos de pura molecagem, outros que jamais repetiríamos, outros que sentimos muitas saudades por não podermos mais refazê-los. As histórias lembradas aos supetões foram sempre seguidas de saudosistas risadas.
E como num déjà vu o passado e o futuro se misturavam ao presente. Ao mesmo tempo em que lembrávamos do passado e nos púnhamos naquele momento, sabíamos e contávamos o que estamos realmente fazendo. Essa confusão temporal deixou com um gostinho mais saudosista ainda o nosso encontro.
E a festa rolava solta, e claro, além dos costumes já citados foi a hora de cortar a gravata do noivo. Comprei um pedaço, meu amigo também. Tenho certeza que este pedaço de gravata será um dia parte do passado, que em outros encontros será um dos assuntos do passado. E teremos outras novidades. E sentiremos a mesma nostalgia. E vamos querer poder viver tudo de novo. Mas teremos sempre orgulho do que somos e conseguimos. Não pude deixar de utilizar o velho clichê: “Não vamos perder o contato”, mesmo sabendo que isso vai acontecer, e trocar os novos telefones.
Saí da festa satisfeito com o encontro, feliz pelo casamento e muito orgulhoso de ter vivido tanto tempo com aqueles bons amigos, que hoje seguem suas vidas com dignidade, profissionalismo e tenho certeza, que assim como eles fazem parte da minha, faço parte da vida deles.


3 comentários:

  1. Isso foi um exercício de previsão futurística? RsRsRs.
    Eu sei, por mais que
    "A gente quer ter voz ativa
    No nosso destino mandar
    Mas eis que chega a roda viva
    E carrega o destino prá lá ..."
    A gente sempre acha que antigamente as coisas eram mais fáceis, e quando percebe passou mais um ano.

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  2. Um forte abraço! Muito sucesso...

    Agora o período de reencontros tem que diminuir!!!

    Vamos na casa do Marcelo tocar o horror!

    Inté!

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  3. Eu tô vendo um recado do Cassavara logo acima? TÔ ROSA CHICLETE, hahahahaha!

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